A seguir, relacionam-se alguns Artigos de Opinião, gênero textual trabalhado na disciplina de Língua Portuguesa durante o 3º bimestre de 2011. Estes textos foram produzidos por alunos da 7ª série, sob a orientação e revisão da professora Luany Dias, com exceção do primeiro, de autoria da mesma. Os artigos de opinião expressam o que os nossos adolescentes pensam sobre assuntos polêmicos do cotidiano que são veiculados em jornais!!! NAVEGUE CONOSCO E BOA LEITURA!!!
Violência não!
Violência não!
O que deveria ser um local de estudo e respeito, a escola tem se tornado um ambiente de prática de mau comportamento e briga corporal entre os alunos. Recentemente, em uma escola da capital, cenas de “luta livre” foram compartilhadas com a sociedade roraimense na Folha Web. São cenas que deixam qualquer um estarrecido com o comportamento dos alunos compactuando com a “brincadeira” dos colegas. E que providências tomar diante dessa situação? O que cada um de nós tem haver com isso?
Fazendo uma análise, a começar pelos pais, aos quais cabe a responsabilidade de educar os filhos desde a infância, estes não estão cumprindo bem o seu papel. O fato é que muitos trabalham o dia inteiro e deixam as crianças sob os cuidados de terceiros; chegam em casa tarde e não têm tempo para conversar, trocar carinhos, ajudar na lição de casa... Além disso, as crianças ficam expostas a TV e Internet a bel-prazer, isso quando não presenciam brigas e agressões físicas entre os pais...
Na escola, os filhos refletem o que vivenciam em casa e na rua. Aquela luta entre os alunos talvez não significasse para eles um ato de VIOLÊNCIA, mas apenas uma BRINCADEIRA. Mas onde fica a educação? Precisamos ensinar o amor e compartilhar o bem... Nossas crianças e adolescentes precisam se ocupar com coisas que lhes façam crescer, amadurecer, VIVER. Que tal um bom livro, um cinema ou atividades de lazer? Como seria bom um mundo sem guerras, sem desavenças! Que bom seria se conseguíssemos resolver todas as coisas na base do diálogo. Assim, pode apostar, viveríamos mais e melhor!
Luany Dias (professora)
Calor na escola: dá pra estudar?
O calor nas escolas públicas estaduais vem incomodando os alunos e prejudicando a aprendizagem. O fato é que o verão chegou e não tem quem aguente esse clima quente em uma sala cheia e sem ventilação. Tiraram os ventiladores das salas de aula e puseram centrais de ar que não funcionam bem por falta de manutenção.
Na escola Penha Brasil, os alunos da tarde (onde eu também me incluo) ficam o tempo todo desconcentrados, com dores de cabeça ou sede, principalmente quando é preciso passar uma hora na sala de Português (na escola funcionam salas temáticas), onde a central de ar simplesmente não funciona. Há apenas um ventilador que não gira no fundo da sala e não influencia em nada na ventilação.
Segundo a administradora da escola, o custo para fazer manutenção nas centrais é mais de mil reais e a escola ainda não conseguiu juntar o dinheiro com o lucro da cantina. Mas isso é papel do governo! Cadê o dinheiro para aplicar na educação?
Alunos de outra escola já ameaçaram fazer greve por causa das condições de estudo. Nós temos que abrir a boca e levarmos esses problemas às autoridades que têm obrigação de defender nossos direitos. É para isso que estamos na escola: para aprendermos a ser cidadãos e agir como cidadãos!
Alunas: Djúlia Matos e Gilsielle Monteiro
Por que as pessoas não se cuidam?
Apesar de a Aids ser uma doença que pode ser evitada, já que todo mundo sabe quais as formas de transmissão e prevenção, muitos insistem em não se cuidar. Mas por quê?
O fato é que as pessoas não se importam em cuidar da sua saúde. Essa é a realidade! E isso traz prejuízos para o Estado e para nós que “pagamos o pato” ao contribuirmos com impostos que poderiam estar sendo gastos com outros fins. Ao invés disso, o Governo gasta horrores de dinheiro com o tratamento e pesquisas para descobrir a cura da Aids.
Cientificamente explica-se que o vírus da Aids é conhecido como HIV e é encontrado no sangue, no esperma, na secreção vaginal e no leite materno das pessoas infectadas pelo vírus. Em outras palavras, ela é transmitida através de relações sexuais ou qualquer forma de contado direto com o sangue de uma pessoa infectada.
Ao ser contraída, a Aids pode demorar até dez anos para manifestar-se. A pessoa pode ter o vírus HIV em seu corpo, mas não ter ainda desenvolvido a doença. Assim, há muitas pessoas que não usam “camisinha”, têm Aids e não se preocupam em fazer o teste de sangue. As vezes, quando descobre já é tarde pois tende a desenvolver outras doenças, ficar com a imunidade baixa e morrer.
Devemos nos conscientizar e dialogar mais sobre esse problema: um caso de saúde pública. Devemos ficar atentos, a começar pelo uso do preservativo, para evitar que esse mal se espalhe mais e mais.
Alunas: Milena Sampaio e Nathália Coelho
Como acabar com a prostituição?
A prostituição é um problema que existe há muito tempo e continua insistentemente nos dias de hoje. Muitas garotas largam os estudos e o emprego para se prostituirem. Mas... será que esse é um caminho correto?
As garotas que se prostituem acham esse o caminho mais fácil de ganhar a vida, mas elas estão erradas. Esse pensamento todo é ‘besteira’ porque o melhor jeito de ganhar a vida é estudando e arranjando um bom emprego. E será que nós podemos combater a prostituição?
Para combatermos a prostituição precisamos saber o que é isso. A prostituição é o ato de a mulher alugar o corpo para a satisfação sexual do outro, geralmente, um homem. Ninguém nunca deu um jeito nisso! Nós precisamos nos juntar para pôr um fim em tudo isso, o que só poderemos acabar se houver realmente interesse.
Ora, se o número de prostitutas no mundo aumenta a cada dia que se passa, como poderemos acabar com isso? Eu te digo como: nós podemos fazer uma campanha de combate à prostituição espalhando cartazes e folders nos lugares em que as garotas costumam ficar para fazer programa. Assim, elas poderão refletir e abrir os olhos para a realidade.
Definitivamente essa profissão não é legal! Para falar a verdade, isto não é uma profissão e sim uma doença. E para acabarmos com isso vamos precisar de força de vontade.
Aluno: Pedro Henrique Carvalho
De olho no trânsito
A violência no trânsito da nossa capital é muito grande, pois os motoristas andam alcoolizados, não respeitam a sinalização e cometem uma série de imprudências. Isso faz que aconteçam acidentes com um número muito grande de vítimas. Só em setembro foram mais de cem.
As pessoas dirigem o tempo todo com pressa e esquecem que têm uma “arma” nas mãos. Nas rodovias não é diferente. Por conta das festas realizadas no interior do estado, as quais reúnem uma grande quantidade de pessoas que se deslocam de um município para o outro, é comum pessoas embriagadas serem causadoras de acidentes com vítimas fatais.
Os pedestres, ciclistas e motociclistas são as maiores vítimas por não terem como se defender, estando mais propícios a sofrer lesões mais graves. De outro lado, os motociclistas também costumam cometer negligências por conseguirem adentrar por entre os carros nas ruas da cidade, passando a ser causadores de parte dos acidentes.
Além disso, em Boa Vista tem um número muito grande de veículos. Apesar de a cidade possuir muitas ruas largas, ainda falta sinalização adequada e pardais eletrônicos para coibir o mau uso do volante. E precisamos cobrar isso de nossos governantes!
Durante a semana do trânsito, em setembro, foi lançada uma campanha de combate a violência no trânsito com o slogan: “Pela sua, pela minha e pela nossa vida”. Nela foram discutidos vários pontos, mas o que está faltando mesmo é pôr isso tudo no papel! É preciso pôr mais guardas de trânsito nas ruas e cobrar que a legislação de trânsito seja cumprida com a devida penalização dos infratores.
Aluno: Lucas Araújo e Wellerson Correia
Drogas: é possível voltar atrás?
A droga é um dos problemas sociais que mais vem crescendo em nosso país. O pior é que cada vez mais nossos adolescentes e jovens estão se entregando a esse vício e se “afundando” nessa droga. Ela deveria ser combatida com mais rigor pelas autoridades porque está acabando com o nosso mundo.
A pessoa que experimenta droga torna-se dependente do uso e, além de causar danos à saúde, ela gera problemas sociais pois o viciado quer, de todas as maneiras, comprá-la para saciar a vontade e, para isso, rouba dinheiro ou objetos de valor da família e de quem esteja a seu alcance. Além disso, quando alucinado, é capaz de cometer infrações graves e até matar.
Hoje, em todos os estados brasileiros tem pelo menos uma casa de reabilitação que ajuda as pessoas que querem livrar-se desse vício. Em Roraima, tem a Fazenda Esperança que procura ajudar esses jovens com atividades saudáveis que ocupam a mente e fazendo reflexões acerca do problema.
Apesar disso, muitos jovens não procuram essa ajuda e preferem ficar nessa vida de viciado. E têm ainda jovens que querem sair mas não podem porque são ameaçados de morte, pois são envolvidos com tráfico e precisam quitar dívidas para ser verem livres desse mal. Na verdade, a família tem papel fundamental para incentivar e apoiar o jovem a deixar o vício. Sem esse apoio é praticamente impossível o abandono às drogas.
Aluno: Victor Hugo Cabral
O problema da prostituição
A prostituição é um problema que existe no mundo inteiro. Entre duas a cada cinco mulheres caem nesse mundo de dissabores. Mas será que elas estão lá simplesmente porque querem ou é só o que elas podem fazer da vida?
Fazendo uma análise de que a maioria das prostitutas é da periferia, é fácil compreender um dos motivos pelo qual centenas de mulheres levam a vida fazendo programas. Elas largam o estudo e, como é muito difícil ser alguém sem estudo hoje em dia, acabam fazendo isso por considerarem ser a vida mais fácil para ganhar dinheiro.
Muitas mulheres começam a se prostituir cedo e engravidam, já outras optam em ir para o exterior para se prostituirem, como as 13 mulheres que foram deportadas recentemente da Guiana por se prostituirem. Elas não apresentaram sequer documentos para entrar na capital do país, Georgetown.
No fim, todas voltaram para o Brasil. Mas vem a pergunta: o que impede elas voltarem a se prostituirem no exterior? Elas até podem ser deportadas, mas logo voltam. O que será que falta para essas mulheres entenderem que 150 ou 200 reais não valem a pena para pôr em risco a saúde delas, estando sujeitas a pegar várias doenças sem cura?
Aluno: Charlys Henrique Marinho
Polêmica na penitenciária
Um assunto bastante discutido pela sociedade roraimense é o fato de acusados por crime de abuso sexual terem aparecido mortos após se juntar na cela com outros reeducandos na Penitenciária de Monte Cristo. Diante desse problema, todos querem opinar.
Há os que falam que esse fato é certo, pois cada um tem que pagar pelo que fez. “Se a pessoa fez isso com o outro, nada mais justo que pague na mesma moeda”, é a opinião que boa parte da sociedade tem, pois o abuso sexual, principalmente envolvendo criança, não é um tipo de crime tolerável.
Outras pessoas vão preferir concordar que essa punição é errada, pois se todos os crimes fossem tratados dessa forma, viraria uma calamidade. Por exemplo, se matassem todos os homicidas, haveria um grande surto de mortes na Penitenciária, já que existem muitos acusados por esse tipo de crime. As opiniões são diversas, e até você que está lendo isso agora pode criar e defender uma.
Aluno: Surbier Pinho
Uma doença silenciosa: a Aids
A Aids é uma doença silenciosa e perigosa que acomete milhões de pessoas no mundo por não usarem camisinha. Essa doença ainda não tem cura: quem a contrai tem de viver com ela pelo resto da vida.
Embora existam pesquisas universitárias estudando a cura da Aids, o que há hoje, e estão disponíveis gratuitamente na rede pública de saúde, são medicamentos para o tratamento da mesma. Recentemente, descobriu-se uma fórmula que vai reduzir esses gastos, pois o composto que antes era necessário para dois comprimidos, será reduzido a um só. Bom para os nossos bolsos porque até encontrar a cura da Aids, o governo vai gastar menos com os medicamentos. Quer dizer, isso se o número de pessoas infectadas não aumentar tanto...
As pessoas têm que se conscientizar que para não contrair essa doença, é necessário usar sempre preservativo, mesmo que tenha apenas um parceiro. Principalmente os jovens, que têm menos experiência de vida, precisam entender que ninguém traz escrito na testa: “eu tenho Aids”. Fica o conselho.
Aluna: Roberta Lima
Uma dúvida de tempos
Ao falar em Japão, muita gente pensa logo em tragédias naturais, como por exemplo tsunamis, terremotos ou tufões, e também há os que pensem em tecnologias ou inovações. Um assunto bastante discutido é a questão de o Japão ser uma grande vítima de tragédias ambientais.
Pois bem, há os que acham que essa é uma questão de justiça natural, pois o Japão é um dos grandes poluentes naturais e por isso essa é uma forma de castigo. Faz-se valer o ditado popular de que diz: “aqui se faz, aqui se paga”.
De outro lado, há os que vão concordar com os geógrafos: o Japão é vítima desses tipos de desastres ambientais porque fica bem na divisória de duas placas tectônicas, fazendo com que essa região venha a sofrer grandes consequências.
Enfim, cada um tem sua opinião. Existem diversas opiniões além dessas citadas e, como vivemos em meio a uma sociedade democrática, cada cidadão tem que aceitar a opinião do outro. Nos dias de hoje, o que mais tem é gente criando e defendendo suas opiniões, pois isso também ajuda a desenvolver a sociedade.
Aluna: Thalia Cardoso